Amigos voluntários de Alto Rolante ajudam o Lar Padilha com brechó solidário

Iniciativa já rendeu cerca de R$ 7 mil reais à entidade que atende 15 municípios da região

Numa localidade do interior do município de Rolante, denominado de Alto Rolante, amigos voluntários reúnem-se para fazer o bem. Em uma casa, temporariamente, sem uso, decidiram disponibilizar um brechó solidário que arrecadasse recursos financeiros ao Lar Padilha – entidade assistencial que acolhe cerca de 100 crianças e adolescentes, de zero a 17 anos, em Taquara, prestando este serviço a 15 cidades da região.

A ideia deu tão certo, que já arrecadou com a comercialização das peças, desde seu início, em julho deste ano, cerca de R$ 7 mil reais, funcionando somente nos finais de semana. O brechó segue até 1º de outubro, quando será feita uma grande confraternização no local e a casa volta a ser uma morada. As roupas vendidas no brechó advém de doações da comunidade, sendo que, tudo o que não serve aos acolhidos é vendido para garantir uma renda extra.

Carla Dias do Amaral foi a idealizadora da iniciativa que, após uma visita à Padilha, para conhecer o lar e como funcionava o brechó de lá, se ateve a pensar numa alternativa de ajuda. Carla foi com a irmã, Marli Petry, que auxilia há muito tempo a entidade e coordena o Grupo de Diaconia Fé e Ação de Rolante. A ideia inicial era ir, semanalmente, ajudar na organização lá em Padilha.

“Não tem como manterem o brechó do lar organizado, pois é muita doação que chega todos os dias. A minha intenção era levar o grupo de Diaconia para trabalharmos uns dias lá para ajudar a organizar o brechó existente dentro da entidade. Então a Carla deu a ideia de trazermos pra Rolante as roupas e selecionarmos para o Lar Padilha vender. Mas aí pensou em fazer um '’boca a boca’' e vender por aqui mesmo, chamou a amiga Nádia Naomi Laux para ajudar e assim começou o brechó”, conta Marli Petry.

Deixei um recado pra Nádia e disse, se tu abraçar a bronca comigo estou dentro. Ela aceitou, saia da fábrica direto pra cá, para ajudar. Começamos a vender mais do que imaginávamos. Na primeira semana deu R$ 1,2 mil reais, o que nos animou muito. Quando não damos conta convidamos outras vizinhas para ajudar. Queremos chegar a 10 mil até outubro, depois é festa”, comemora Carla desabafando. “Eu não tinha noção de como era o lar, a história da entidade é linda e faz todo sentido ajudarmos. É tão bom, não tem como explicar”, revela.

Assim com a Carla, a Marli e a Nádia, muitas pessoas ajudam entidades assistenciais a se manterem. Segundo o diretor do Lar Padilha, a resposta a estes apoios é visto diariamente. “Como entidade sem fins lucrativos precisamos de auxílios financeiros e de muitas doações. Temos convênios com as prefeituras que atendemos, mas não é suficiente. Por isso somos muito gratos aos voluntários e amigos do Lar Padilha que nos dão fôlego para seguirmos e cuidarmos destas crianças e adolescentes que estão sob a nossa responsabilidade”, agradece Fernandes.

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Créditos: Magda Rabie